O Espírito Anda Vagarosamente
A paixão pelas flores, plantas e animais nos devolvem à delicadeza.
Instigam o homem com seu silêncio, frescor e companhia.
Aromas e lealdade transitam pela alma inconstante.
Remetem-nos para os confins do sempre.
Objetos justificam recordações.
Mantêm os que se afastam.
Olhares não correspondidos, lágrimas choradas sem aviso,
dias e noites oferecidos pelo amor e suas implosões,
arrastam o espírito.
O coração é lento quando se apaixona.
Queremos o amanhã atropelado.
O homem se encanta pelo imediato.
A longevidade é o agora para quem arrisca.
As tartarugas sabem da constância.
Escondem a ousadia do caminho.
Possuem a tristeza dos que estão sozinhos.
A sabedoria lhes confere a timidez exposta.
Guardam o tesouro da demora.
Esperam o afago enquanto a carcaça se expõe ao sol.
Sonham no mar o que desovam na terra.
Quelônios sobrevivem porque tardam.
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