A Saudade e Seus Embaçamentos

“...não existe tapete que possa ocultar a sujeira da memória.” 
                                                            (Eduardo Galeano)

Nos meandros 
do entre vivido,
encobre-se

a redoma empoeirada. 

De seu interior, 
a mesa ornada
de migalhas,
não recebe convidados.

Repartem-se
a fome e a saciedade,
exaustas de brincar
pelo desejo. 

O amor é um par cerzido, 
e as meias vontades

calçam a memória.

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