Armadilha


ARMADILHA

Entras no vão dos versos livres.
Empinas a pipa-voo em cada dedo.
A língua requentada da poesia
infiltra-se pela labareda.
És o outro que me versa!
Há uma roda dentada
entre a saliva do poema.
Ele se vinga.
Sobrevives nos pântanos e a pérola te dá outra pele.
O amor é movediço!

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