Poesia do Dia
O espelho em volta
do pescoço
corta o voo, este pingente
rasante.
A imagem estrangula os
quereres como se ave fosse.
Teima em ser fóssil.
Adereço líquido, a asa é
outra porta da jugular.
Espuma e iceberg
acobertam a jura dos
amantes.
O que plana se mistura.
Quem se banha
despe o alado beijo.
A água salitra o olho vazado:
amores-perfeitos habitam
em conchas estéreis.
Pérolas noturnam a porta
líquida e sais maresia
adentro.
Tu repousas a febre e o
gelo, mas as ondas
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