Minha Mãe
Mãe é este sopro celeste
em meio ao abajur de ideias.
Cintila e singra no colo
do mar,
mesmo que ondulada
pelos temporais.
Sua sina é uma flor
esquecida nos olhos.
Florece em águas de
brotar mais.
Sabe-se sal do tempero
do aconchego.
Senta-se em doce estado
de colibri.
Vivo em mim o útero que
me nasce dela:
é fruto do amor recolhido,
que salta aos olhos da
saudade
Rita de Cássia Alves
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